A filosofia é como o Capitão Planeta

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A filosofia é como o Capitão Planeta

A filosofia, em sua expressão mais verdadeira, não existe sem que religião e ciência tenham entrado em harmonia, em comunhão, e não, eu não me refiro à mitologia. A mitologia é a religião distorcida, incompleta sem a ciência, e portanto, descaracterizada em si mesma. Como resultado, perde o seu rigor e levita em nuvens abstratas, do vento das palavras soltas, vagas e bonitas, ou nem tanto. A ciência sem religião, sem esta religião, que não é uma fantasia infantil, endurece, se transforma basicamente num ''passatempo'' de cientistas cientificistas que, ''pelo conhecimento'', mas não pela ética, são capazes de usarem a própria mãe em seus ''experimentos''. A ciência sem bússola, foi cooptada pelo poder, diga-se, de sociopatas e asseclas, que ''nos' governam, especialmente desde a civilização. Portanto, é uma ciência predominantemente antiética, inclusive, sua autopropaganda enganosa de se definir como ética, é produto disso. Ao invés de um sistema cultural plenamente organizado, conectado, o que temos são setorizações ou alienações mútuas, ao ponto em que um começa a atacar o outro. Pense também nos habitantes da ilha flutuante de Lagado, das Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, em que alguns só conseguem olhar para o céu, outros apenas o lado direito e outros para o esquerdo...  Com um corpo doente desse, mesmo que um império conseguisse durar 1000 anos, terá sido um milênio de problemas, de ciclos de estupidez [aliás, é basicamente isso que tem acontecido ao longo de toda história humana]. Sempre quando eu falo de religião, é sobre o existencialismo, não necessariamente sobre a ideologia europeia que foi constituída no século XIX, até porque não é uma ideologia, categoricamente. Não é um conjunto circunscrito de ideias, mas um alargamento absoluto da percepção subjetiva humana, para a mais objetiva ou derradeira, em que ocorre uma reorganização da mesma de modo a priorizar as verdades absolutas em seu cotidiano, por exemplo, a finitude de sua existência e a singularidade da vivência de um dia. É sobre a volta ao ato de existir, de ser existência, e suas questões [verdades profundas], como uma ênfase no existencial, por isso o termo.  Diferente do desenho Capitão Planeta, muito querido por nós que vivemos a infância ou a adolescência nos anos 90, em que os personagens têm poderes separados e sob controle funcional, antes de se unirem, formando o próprio Capitão Planeta, ciência e religião separadas não funcionam idealmente, porque cada uma exacerba suas fraquezas mais características, ao invés de expressarem suas funções definitivas: a religião como bússola para as verdades mais profundas, e a ciência como a busca por meios de compreender e manipular o mundo em que vivemos para melhor nos servir, isto é, a todos, para continuarmos a enxugar este gelo... e que juntas, de fato, formam a filosofia.

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