Lágrimas de chuva e duas alegrias curtas e profundas
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Lágrimas de chuva
E a noite longa
E turva
E o suor do corpo
Do dia
E as dores silenciosas
Da alma
Se misturam à sua
mais pura alegria
E os pingos nos olhos
De filosofia
São as lágrimas de chuva
Que eu bebo, na palma
O liquor de melancolia
Amanhã cedo
O sol brilhará no chão seco
E eu sorrirei, enquanto escrevo
poesia
Tentativa de homenagem à lindíssima música [ou trecho] do filme [e o filme] Blade Runner, de 1982 [especialmente]
Pra rainha de minha alma
Eu sou o seu espaço
O corpo do meu tempo
O calor do meu carinho
O território dos seus pelos
A sua ilha de tranquilidade
O seu oásis no deserto em que estamos, que nos espera
À tempestade de areia, que é a humanidade
As cores do início do dia
Do único dia
De mais um domingo
O doce ventinho
Seu barulhinho
Contornando o meu corpo
Minha alma sempre feliz
E pedindo
Momento, tranquilidade
Como as cores das primeiras horas
Em mais um mundo que deixa de ser
Em mais um bilhão de anos
De necessidade
E eu não preciso de um céu do além
Pra viver
Na simplicidade, nos primeiros sentidos
De ser a unidade
do divino espírito
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